quarta-feira, 29 de julho de 2009

A bola que nunca parou de pingar

Eu encontraria a maldita pingando na altura mais conveniente. Era o meu melhor golpe, o que eu me considerava infalível. Entretanto, naquela tarde de 23 de setembro de 1997 as coisas não saíram como de praxe. Eu acertei o travessão bem no centro de sua testa e a rede pública venceu a rede privada após anos de frustração. Até hoje tento lembrar o nome daquele colégio, provavelmente um nome composto. Alguma coisa com Humberto ou Idalino no meio, se fosse Leão eu lembraria pelo slogan do “entra burro e sai ladrão”. O que nunca me deixou em paz foi àquela bola pingando na minha frente a exatos dois palmos do chão, ainda sou capaz de sentir a maldita no peito do meu pé.

2 comentários:

  1. A distância do público pro privado é de apenas um chute. Esse duelo, quando acontecer, será uma catástrofe.

    Como diziam os escravos aqui nas Américas:"a erva seca incendiará a erva úmida". Eles estão certos. O mundo vai pegar fogo.

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  2. A sensação do passado na carne pode ser dilacerante!

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